Para memória futura...
... as últimas do Duarte:
"Existem apenas dois legados permanentes que podemos esperar dar às nossas crianças. Um deles é raízes; o outro, asas."
Hodding Cárter
O Duarte vai fazer uma pausa na Terapia da Fala (já iniciou há alguns dias, aliás). Veremos se consegue de forma autónoma (e alguns empurrõezinhos nossos!!) ultrapassar as pequenas trocas que ainda efectua: os sons ss e z são ditos sempre como x e j respectivamente. Se por um lado nos deliciamos com os seus "xapato" ou "caja", por outro começo a preocupar-me com a possibilidade de ele nunca conseguir dizer estes sons de forma correcta...
Assim, o "massacre" instalou-se cá em casa e travamos uma verdadeira batalha contra a "xopinha de macha". Treinamos, sempre que a oportunidade surge, o sibilar da cobra: "sssssss"!
Volta e meia lá diz o Duarte: "Xeis e xete têm cobra mas oito não tem!! E xaco? Tem? Mas bola não tem!!" - Ai! Ai! Estarei a exagerar?
Aceitam-se dicas!!
"É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e apreender a sua duração, pois a vida está nos olhos de quem souber ver"
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Continuo a navegar no meu mar de papéis: um bom sinal!! Acho que tão cedo isto não acalma - Paulo Leminski pedia: "Haja Hoje para tanto Ontem!", eu peço mais: "Haja Amanhã para tanto Hoje!"
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Os meus mais-que-tudo estão óptimos! O Duarte está cada vez mais desenvolto na articulação de frases - ainda pouco perceptível para quem não o conhece, mas vamos com calma. Anda na fase da descoberta dos videojogos (um pequeno viciado!). O Nuno perdeu o seu primeiro dentinho, ficou felicíssimo e exibe a (des)dentadura com o orgulho do menino-de-seis-anos-que-já-vai-fazer-sete!
«O boboio do nininho
vai titir, vai, vai
quem tatasa
pica a caba
e lá não tai...»
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Custou, mas acho que consegui decifrar a nova canção do Duarte:
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«O comboio dos meninos vai partir, vai, vai.
Quem se atrasa, fica em casa e de lá não sai!!»
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Ainda não consegui perceber muito bem a questão das actividades de enriquecimento curricular no primeiro ciclo. A desorganização ainda não é um caso do passado, após um ano de experiência que, segundo rumores que me chegaram aos ouvidos não correu nada bem no agrupamento em que se insere a escola frequentada pelo meu filho.
Este ano a "pasta" está a cargo de uma empresa de professores que concorreu e ganhou o concurso lançado pela Câmara Municipal: as condições oferecidas pareciam ser óptimas, assim o concluímos depois da reunião com os Encarregados de Educação.
Nessa mesma reunião foi-nos facultado o horário a cumprir pelas nossas crianças. A turma do meu filho (1º, 2º e 4º anos) teria 3 horas de Educação Física, 2 de Apoio Escolar, 1 de Inglês, 1 de Expressão Plástica, 2 de Música (ufff, dias preenchidíssimos, pobres crianças que já nem têm tempo de o ser!). Alguns pais criticaram a existência do Inglês para crianças que ainda não sabem escrever (não é a minha opinião!) e as 3 horas de Educação Física, duas delas seguidas. Os professores responsáveis ficaram de rever o horário...
Início das aulas, recebo um novo horário: 2 horas de Apoio Escolar e de Educação Física, 3 horas de Música e de Inglês (onde foi parar a Expressão Plástica?)...
Iniciam-se, efectivamente as aulas, questiono o meu filho sobre o funcionamento das actividades e apercebo-me que não há Música, no seu lugar têm TIC. Há dois dias recebo, finalmente o novo horário: a Música foi, realmente, substituída por TIC!
E eu pergunto: não há um número de horas pré-definido pelo Ministério para cada uma destas actividades? Não deveriam ter todas as escolas a mesma carga de actividades para cada ano de escolaridade? Os professores (ou empresas de professores) regem-se por leis próprias? Não deveria haver coerência na funcionalidade destas actividades de escola para escola?
Concluo que estando o meu filho a frequentar a escola A pública, tem direitos que não teria na escola B pública ou vice-versa!! Não me parece muito correcto...
ADENDA: Algumas respostas a estas questões podem ser encontradas neste despacho nº 16795/2005 assinado pela Ministra da Educação, mas a prática do mesmo...
«Apercebi-me, tristemente, de que nunca compreendemos o que é estar na pele do outro. E que, longe de aceitarmos essa verdade, fingimos compreender tudo, mau grado as limitações da nossa carne. Sobretudo a nível das crianças. Mas a verdade é que a nossa ignorância é total.»
Torey Hayden, A criança que não queria falar
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Em diálogo com o Duarte, ontem à noite:
- Mãe, nhã pa cola?
- Sim, filho, amanhã vais para a escola!
- E tina?
- Não, amanhã não há piscina!
- Nhanha!
- Diz, querido? Queres brincar com o homem aranha?
- Não, mãe! Nhanha...
- Duarte, não entendo... o que é nhanha?
Foi ao quarto e voltou com algo nas mãos...
- Ah, amor, queres vestir o pijama!!
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A questão da linguagem do meu Duarte já me trouxe alguns embaraços pois as palavras saem, por vezes, muito diferentes daquilo que ele quer, efectivamente, transmitir. Pior, pior é quando saem mais parecidas com outras palavras menos próprias...
Há cerca de três anos, tinha o Nuno a idade do Duarte (quando também ele cometia as suas gafes linguísticas), recordo-me da forma engraçada como ele pedia ajuda, utilizando algo parecido com "xula". Ora um dia no Supermercado, o Nuno queria que eu o tirasse da cadeirinha do carrinho de compras e por isso gritou o mais sonoro que os seus pulmões permitiram: «Mãe, xula... xula... xula!!», imaginem a minha cara...
Há dias, também no Supermercado, foi a vez de o Duarte me envergonhar: na ala dos iogurtes, que ele adora, não conseguiu esconder o entusiasmo gritando bem alto: «Mãe, puti... puti... puti!»...
Mãe sofre...
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Chegámos há pouco da consulta com a Pediatra do Duarte. Tudo normal à excepção da questão do testículo. Já tenho em minha posse a carta a ser entregue ao cirurgião, no Hospital, para fazermos avançar o processo. O próximo passo é a consulta com o especialista para a marcação da cirurgia. Segundo a Pediatra será uma operação simples (se é que isto se pode dizer de uma intervenção cirúrgica) resolvida num só dia ou com internamento de, no máximo, dois dias. Ficamos a aguardar as cenas do próximo episódio!
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