A dúvida vem de longe... Voltei a falar dela aqui...
Ainda nos restam alguns dias até ao final do prazo para as matrículas no primeiro ano de escolaridade, mas a decisão está finalmente tomada!!
Não foi, de forma alguma, uma decisão fácil, muito menos tomada de ânimo leve, mas, sem dúvida que é uma decisão em consciência, baseada acima de tudo na nossa intuição de pais, sem descurar o apoio e conselhos da Educadora, do Médico de Família, da Pediatra de Desenvolvimento... Foi igualmente muito importante o apoio da família, dos amigos, os conselhos de colegas professores, pessoas que têm contactado com crianças em idade escolar, experiências de outros pais, de adultos amigos que viveram de perto situações similares, um sem número de anónimos a quem agradeço a paciência e os conselhos...
O Duarte vai ficar mais um ano no Jardim de Infância. Entrará em Setembro de 2011 no Primeiro Ciclo. Até lá, todo um ano para se tornar mais autónomo, desenvolver a sua maturidade e brincar, sobretudo brincar muito!! Sinto que ele precisa de mais uns meses para se preparar para as exigências da escolaridade! Cada vez se exige mais às crianças... Mais responsabilidades... Mais experiências... Mais actividades... Mais atenção... O tempo de brincar, de ser criança, correr, esfolar os joelhos, criar, imaginar... perde-se algures!
Tivemos muito tempo para ponderar todos os prós e contras... Tenho a certeza que não lamentarei esta decisão no futuro, pelo contrário, julgo que a partir dela estaremos a dar ao Duarte a oportunidade de crescer com serenidade, de forma saudável e feliz! Que mais pode uma mãe, um pai, desejar para os seus mais-que-tudo?!!!
... É só por cá, ou quanto mais crescidos estão os rapazes, mais difícil é convencê-los a entrar na banheira? Pior ainda com este sol que convida a sujarem-se bastante nos jardins e quintais, saltar o muro dos vizinhos, andar de bicicleta, esfolar os joelhos...
Entram-me em casa quase irreconhecíveis mas torcem sempre o nariz às delícias (digo eu!) do bom do banho!!
O Duarte está com cinco anos... daqui a alguns meses completa os seis. Apesar de fisicamente bem desenvolvido, é uma criança muito imatura, bastante dependente ainda, na grande maioria das tarefas básicas. Se por um lado apresenta um raciocínio e uma capacidade de compreensão excepcionais no que diz respeito às questões ditas escolares, por outro reage às situações de conflito como se de uma criança de três se tratasse!! É um menino muito reservado que não exterioriza emoções mais fundas, sendo ponto assente que não suporta que pessoas que lhe são estranhas lhe toquem, e às que conhece, só em "dias de festa"!!! Por mais que lhe explique, há muitas situações de índole mais abstracta que não consegue entender... conceber será talvez uma palavra mais adequada!
Esta introdução enorme aparece na sequência das dúvidas que me têm assolado nas últimas semanas, uma das quais se prende com a decisão que devo tomar até Maio de o matricular (ou não) no primeiro ciclo, já no próximo ano lectivo...
A segunda dúvida tem a ver com os primeiros meses (anos até) da vida do Duarte. Quem segue este meu cantinho há algum tempo, sabe que o Duarte nasceu com uma malformação no palato que fez com que o seu primeiro ano de vida fosse passado em idas constantes ao hospital, de especialidade em especialidade, de terapeuta em terapeuta... À partida este problema está ultrapassado, mas há sequelas que poderão ainda manifestar-se... A questão coloca-se porque considero que é nosso dever explicar-lhe toda esta situação de uma forma muito especial e, principalmente, ter algum (muito) tacto quanto ao momento certo para o fazer!! Dadas as características do Duarte, que já apontei mais acima, não me parece que agora seja ainda o tal momento. Acontece que, na grande maioria das vezes em que falo com pessoas que não vejo há algum tempo, o assunto vem sempre à baila e volta e meia me questionam: "E o problema do Duarte?", "Correu bem a cirurgia?", " Como foi?" "Como resolveram...?". Claro que o Duarte assiste a muitas destas conversas e na sua cabecita já devem ter surgido inúmeras dúvidas que ele ainda não me comunicou mas que exterioriza pelo simples facto de me querer sempre afastar das pessoas que conversam comigo sobre esse assunto...
Assim, cá ando eu: dividida entre o querer explicar-lhe o quanto antes tudo o que ele já passou, mas saber que, nesta fase em que ele se encontra, não vai entender ou interpretará de forma errada aquilo que aconteceu...
. Enfim, o alívio da decisã...
. Quando é o momento certo?...
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