Os dias de "papo p'ró ar" chegam ao fim...
O pior dos regressos é o trabalho que nos espera sempre no final, entre desfazer bagagens, lavar e passar pilhas de roupa, organizar a casa que, entretanto parece ficar em "pé de guerra"!
Por estes dias entrei na casa dos 38 (festejados a 7 de Agosto)... Os anos parecem avançar a uma velocidade vertiginosa - confesso que não me sinto com esta idade! Parei algures nos 30 eh eh!!
Também durante as férias manifestei (finalmente) as preferências na segunda fase do concurso de professores para o próximo ano lectivo! Torçam para que fique no mesmo lugar!! Infelizmente os "senhores doutores lá de cima" continuam a agir com uma inclassificável falta de respeito para com os professores contratados que nem durante as férias puderam descansar, suspensos nas datas do concurso que foi adiado até ao máximo e sem datas pré-agendadas!!! No meu caso tive de interromper as férias para vir a casa concorrer dado que nem sempre se conseguia aceder à página e nos pontos de acesso à internet públicos não é fácil encontramos a tranquilidade necessária... Imagino quem estava a quilómetros de casa, noutro país ou continente!!!
... na praia!!!
Apesar da bandeira verde não consegui abstrair-me dos números avançados esta manhã nos noticiários: 18 mortes por afogamento desde o início do ano...
Eu já não me aventuro facilmente mar adentro e quando perco um dos meus filhos de vista fico logo com um nó no estômago!! Estou constantemente alerta e a avisá-los deste ou daquele perigo... Será que ando a exagerar?
... estou de férias!!!!
Por agora ainda muito caseiras que o maridito só entra de férias no próximo fim de semana, mas estes dias vão-me saber pela vida, ai se vão!!
... precisam-se!!
Foi hoje a reunião de Encarregados de Educação na escola do Nuno para entrega da avaliação final...
Ó p'ra eu aqui toda babada!! - Temos homenzinho no 4º ano!! E com notas excelentes!!
Se há momentos (bons momentos) destas férias que ficarão registados na minha memória por muito tempo, um deles (nada agradável por sinal!) dificilmente será esquecido por mim enquanto a consciência me acompanhar...
"Perdemos", "perdeu-se", "perdeu-nos" o Duarte... por vinte longos, longuíssimos minutos... Ainda agora me arrepio ao recordar o momento! A sensação é indescritível, a impotência, o desnorte toma-nos conta da razão... e os relatos que vamos ouvindo, que nos chegam através da comunicação social só agravam o desespero do momento!
Segundo dia de férias... decidimos tomar café junto ao porto de abrigo, a cerca de 500 mts da casa onde ficámos... Na volta parámos junto a um circo que exibia os seus animais a quem os quisesse ver e observámos o carrossel que girava mais à frente... O Duarte quis experimentar, como sempre, mas dessa vez não permitimos e continuámos a caminhar em direcção a casa... Parámos mais uma vez, para entrar numa lojinha quando, numa questão de segundos, deixámos de ver o Duarte... Ao início achámos que estaria ali ao lado, que teria entrado na loja à nossa frente, mas depressa verificámos que não estava em lado nenhum... Começámos a chamá-lo, a entrar em todas as lojas ali situadas, a perguntar às pessoas se tinham visto uma criança... Do outro lado da estrada, a praia. Pensei que talvez se lembrasse de atravessar a estrada e ir brincar para a praia, corremos para lá, chamámos, andámos por ali pela praia, algumas pessoa juntaram-se e procuraram ajudar... Tentámos raciocinar (eu já nem me conseguia lembrar de que cor estava vestido para informar as pessoas que queriam ajudar!)... Voltámos atrás, quem sabe não teria ido para junto do circo ou do carrossel... nada! Voltámos à lojinha... a senhora, vendo-nos tão aflitos, chamou a polícia... o Nuno chorava!! Pela minha cabeça passavam todo o tipo de pensamentos: Levaram-no? Não podia ser, ele gritaria a plenos pulmões, estávamos na rua, alguém teria visto... Afastou-se pelo próprio pé? Então porque ninguém tinha visto uma criança sozinha nas redondezas?
Num momento de lucidez, pedi ao meu marido para continuar a procurar por ali, ao Nuno para ficar com a senhora da loja e pus-me ao caminho em direcção a casa, quem sabe teria decidido regressar sozinho!
Que caminhada dolorosa, a minha cabeça já fazia todo o tipo de filmes, a minha esperança ia-a depositando em Deus... Chegada ao prédio verifiquei que a porta estava fechada (algumas vezes está aberta) e, não sei bem explicar porquê decidi avançar um pouco mais antes de subir ao segundo andar... Foi aí que o avistei, a mais de 500 mts do local onde o perdemos, a chorar, sozinho, caminhando na direcção oposta à que nos encontrávamos! Agarrei-o, abracei-o forte e deixei extravasar todas as lágrimas que andavam aqui às voltas há algum tempo!! Telefonei ao meu marido que ficou mais um pouco no local à espera da polícia que demoraria mais uns bons 15 minutos...
O Duarte só dizia: "vocês pederam-me!!!", "eu toquei à campainha lá em casa e vocês não abiram a porta!!"
Em jeito de conclusão, que o relato já vai longo, tenho que admitir que o Duarte tem um bom sentido de orientação, voltou a casa, ao prédio, ao segundo andar, à porta exacta de sete, atravessando cerca de seis ruas com trânsito, pelo meio de uma multidão que por ali passeava naquele sábado... Só me custa verificar que nestes 500 mts ninguém tenha reparado numa criança sozinha a chorar... Ou deverei concluir que ele vinha tão determinado em chegar a casa que não chorou no trajecto até ao apartamento? Não consegui que me explicasse este aspecto...
Felizmente esta história acabou bem... Não desejo tal sofrimento a nenhuma mãe!!
«You’re so very precious to me», Nonnetta
Foram dias óptimos, mas como tudo na vida... acabaram as férias!!
Duas semanitas praticamente sem net é algo que começa a ser pouco comum... Mas agora que regressei ao meu cantinho quero em primeiro lugar agradecer-vos o carinho deixado pelo meu aniversário e os votos de boas férias...
À excepção de alguns percalços, que vos contarei mais tarde, estes dias permitiram-me, essencialmente, descansar (que é como quem diz, dormir umas boas manhãs na cama!)... passear (conhecemos mais alguns recantos do nosso belíssimo país)... apanhar algum sol (esta foi a parte difícil - não sou nada adepta de praia, mas tenho três apaixonados em casa... Que fazer? Há que equilibrar as coisas... aproveitei para pôr a leitura em dia!)...
Citando Clarice Lispector, também «é bom sair pelo prazer de voltar»!
O meu anjinho mais velho partiu há momentos para o seu primeiro dia de férias desportivas... Entre outras actividades vão à praia, às piscinas municipais, fazem passeios a pé, jogos tradicionais...
Porque é que não consigo deixá-lo partir sem ficar com o coração nas mãos? Embora reconheça que ele precisa viver estas experiências sem a asa de mãe sempre por perto, é inevitável esta sensação de perda... O meu menino está a crescer, as suas asas começam a sentir o chamamento e eu só tenho de apoiar, incentivar até... acima de tudo permitir que voe, sem lhe prender demasiado as asas!
«Atenção à estrada... cuidado com os estranhos... obedece aos monitores... não te metas em aventuras... cuidado com as ondas no mar... não vás para zonas profundas... não te afastes dos colegas...» Ele já nem me pode ouvir!!!
imagem daqui
Acabou depressa a nossa semaninha... sniff!! Em Agosto há mais!
Agora há que organizar o caos que se instala sempre na hora da chegada...
. Passámos o fim de tarde.....
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